Há 9 horas
Três animais estão sendo preparados pela corporação desde a fase de filhotes e dois já atuaram na localização de dois corpos
Eles têm apenas 10 meses de vida, mas os cães Kira, Fire e Hela, da raça pastor-belga-malinois já demonstraram que são importantes aliados da Secretaria de Estado de Segurança (SSP-AM). O trio está sendo treinado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) para resgate e busca de pessoas e apresentou eficiência na localização de dois corpos encontrados enterrados. Um deles foi o da cicloviajante venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, 38.
Os cães da raça pastor-belga-malinois são conhecidos pela agilidade, fidelidade e inteligência. O trio foi doado ao CBMAM pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM) ainda filhotes. Os cães Kira e Hela iniciaram a atuação operacional ao terem sido deslocados com seus respectivos instrutores bombeiros, cabo Ferraz e cabo Pantoja para operação de busca do corpo de Julieta Hernández.
Os dois cães auxiliaram no trabalho de busca e localizado do corpo da cicloviajante, que foi encontrado enterrado em uma cova em uma área de mata, no município de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros da capital). O auxílio no trabalho de busca foi solicitado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que prendeu o casal suspeito pelo crime.
No último dia 19 de janeiro, os cães Kira e Fire voltaram para a ativa e ajudaram na localização do corpo de um homem, que estava também enterrado em um terreno na Avenida João Valério, bairro Nossa Senhora das Graças, na zona centro-sul de Manaus.
Treinamento
Liderando o treinamento com os cães e responsável pelo canil, a sargento Paula Roberto, especializada em saúde e medicina veterinária, explicou que para lidar diretamente com os animais, os bombeiros precisam passar por uma capacitação. Um deles, de acordo com a militar, é o Comando de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (Bresc).
“Esse curso vai nos capacitar a fazer o treinamento com esses cães. A PM nos doou e assim que vieram para cá, iniciamos o treinamento com eles”, comentou a treinadora.
Os treinadores tentam fazer esforços positivos. Tudo começa com o cão querendo participar da atividade. Uma delas é incentivada com o auxílio de brinquedos que utilizam no dia a dia. Em seguida, os condutores pedem latidos e posteriormente, iniciam o trabalho com pessoas vivas.
O outro treinamento é o de busca. Esse acontece com o auxílio de duas pessoas. Uma se esconde e o outro no caso o condutor, lança o animal que vai atrás da pessoa que sumiu e começa a latir. É um processo um pouco mais longo, mas que é uma ferramenta muito importante.
“Nossos cães estão em fase de treinamento e já foram acionados em duas ocorrências com êxito e estamos sempre em prontidão para a hora que acionar. Mesmo eles estando em fase de treinamento, para gente é uma situação real, precisamos ir e fazemos o treinamento junto”, explicou a sargento.