A qualidade do serviço de fornecimento de energia elétrica por parte da empresa Amazonas Energia voltou a ser questionada pelos deputados estaduais durante a Sessão Plenária, desta quinta-feira (23), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O deputado Adjuto Afonso (UB) apresentou na tribuna do Plenário Ruy Araújo um vídeo que mostrava manifestação de populares na BR-230, também conhecida como Transamazônica, entre os municípios de Humaitá e Lábrea, em razão da falta de energia elétrica há quase 70 horas.
“A população daquela área estava há quase três dias sem energia, perdendo alimentos. Os comerciantes perdendo produtos, e sem perspectivas de solução do problema. Eles interditaram a estrada, buscando, de alguma forma, diálogo com a Amazonas Energia”, explicou Afonso, afirmando ainda que são constantes os relatos de comunidades diariamente às escuras. Para o deputado, a Casa Legislativa deve cobrar da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) punições para essas constantes falhas.
Em aparte, o deputado Sinésio Campos (PT) lembrou que no último dia 21, a Aneel sugeriu a caducidade do contrato de concessão. “Ou seja, reconhece a incompetência desta empresa na prestação de serviços de fornecimento de energia”, destacou. A deputada Joana Darc (UB) também se manifestou sobre o tema, acrescentando que essas constantes faltas de energia atingem todo o estado, incluindo bairros e comunidades de Manaus.
“Pagamos uma das tarifas mais caras do país, e temos um serviço precário”, disse a deputada, ressaltando que os parlamentares fazem o que está ao alcance, apresentando proposituras, realizando cobranças e fiscalizações e até mesmo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as falhas da Amazonas Energia foi instalada. “Mas a empresa se acha acima da lei, e continua agindo sem compromisso com a população”, criticou Darc.
O deputado Rozenha (PMB) também se manifestou e ratificou a avaliação da deputada Joana. Segundo Rozenha as agressões por parte desta empresa para a população são permanentes. “Não respeita decisões judiciais, corta a energia dos inadimplentes em uma alta velocidade, mas a solução dos problemas não tem a mesma agilidade”, declarou.