Deputado declara que serviços de inteligência devem ser adaptados para evitar situações do tipo
Amom cobra investigações sobre a visita. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) enviou ao Ministério Público Federal (MPF), nesta terça-feira (14/11), um pedido de prioridade na tramitação da notícia-crime referente ao possível envolvimento de servidores do alto escalão do Ministério da Justiça e Segurança Pública com membros da organização criminosa Comando Vermelho, noticiado ontem (13/11) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
No documento, o parlamentar ressalta o importante papel exercido pelo Ministério na manutenção da ordem pública e na aplicação da lei, por isso a ameaça de qualquer interferência ou acesso facilitado de membros de organizações criminosas às instituições devem ser apurados com celeridade.
“A melhoria dos serviços de inteligência deveria ser uma lição aprendida desde o atentado de 8 de janeiro. Vejo que há muita coisa para ser esclarecida e os órgãos competentes farão isso. Agora, é importante que haja celeridade”, declarou Amom Mandel.
A notícia-crime foi protocolada pelo parlamentar na Procuradoria-Geral da República (PGR), na segunda-feira (13/11), para investigar as visitas de Luciane Barbosa Farias, a “dama do tráfico amazonense”, ao Ministério da Justiça. O processo foi transferido para a Procuradoria da República no DF (PR-DF), por entender que a denúncia não tem ligação direta com o ministro, Flávio Dino, mas sim com a sua equipe.
“Uma pessoa que é peça principal nas investigações do tráfico de drogas no Amazonas e já foi condenada pela Justiça, possuir livre acesso em locais com autoridades, é incoerente. Todos foram colocados em risco. Vejo que há muita coisa para ser esclarecida e os órgãos competentes farão isso. Nesse caso, é uma tarefa para a procuradoria geral investigar”, explicou o deputado.
Texto: Tainá Andrade
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados