“O Governo conseguiu o que queria. O objetivo nunca foi negociar, e sim impor”. Essas foram as palavras do deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania), após a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) aprovar, nesta terça-feira, 20, o Projeto de Lei nº 547/2023, oriundo da Mensagem Governamental nº 41/2023, que reajusta em 8% a data-base dos profissionais da rede pública de ensino do Amazonas. A matéria recebeu voto contrário de Barreto, que chegou a apresentar uma emenda modificativa para garantir os 15,19% proposto inicialmente pelo Governo do Estado no dia 31 de maio em reunião com Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam). Mas a iniciativa foi rejeitada.
Para Barreto, a aprovação do PL governamental comprova mais um ato autoritário do Governo estadual, que ignorou todas as mesas de negociação feitas entre o Sinteam e representantes do Executivo estadual para discussão das reivindicações pleiteadas pela categoria.
“São 70 dias sem negociação. O Governo sufocou o movimento de greve da forma mais autoritária possível, descontou de professores e administrativos. As reuniões que aconteceram foram perdas de tempo porque o governo se contradiz na própria mentira, que nunca poderia ter dado acima de 8%. E aquela proposta de 15,19% foi ficção?”, questionou o parlamentar.
A luta não para
Para a presidente do Sinteam, Prof. Ana Cristina Rodrigues, a luta pela valorização da categoria ainda irá continuar e será decidida em assembleia com os profissionais da educação do Amazonas.
“Infelizmente, aquilo que nós ansiávamos aconteceu. Nós da educação claramente rejeitamos o resultado da votação e isso não acaba aqui. Ainda teremos uma assembleia que definirá os rumos que vamos tomar. A luta segue e vamos nos manter firmes”, ponderou a professora.
Jornalista responsável: Nathália Silveira (92) 98157-3351
Texto: Dayson Valente