A exploração econômica em torno do Festival Folclórico realizado no Centro Social Urbano (CSU) do Parque 10 foi alvo de preocupação dos deputados estaduais, em Sessão Plenária realizada nesta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que comentaram as reclamações da população sobre os preços cobrados na festa, sua exploração econômica e até mesmo de denúncias de estacionamento clandestino no local.
Abdala Fraxe (Avante) falou do sucesso da primeira semana do 56º Festival Folclórico de Manaus, na qual 56 mil pessoas prestigiaram a categoria bronze de grupos folclóricos nesta primeira fase. “Essa parceria foi extremamente proveitosa para a nossa cultura. A cada ano que passa, podemos perceber a dedicação dessas pessoas que trabalham com folclore e a evolução da festa, com organização e sem exploração econômica”, afirmou.
Já o deputado Delegado Péricles (PL) comentou a destruição da mureta do CSU do Parque 10, para estacionamento clandestino.
“O Arraial do CSU do Parque 10 é uma tradição que infelizmente está afastando a população com a exploração econômica, destruíram até a mureta da fachada para transformar em estacionamento na área gramada dentro do CSU, que já custa caro para os ambulantes das barracas de comida e os demais que aproveitam para ganhar algum dinheiro extra com o Festival, mas que não retorna para o próprio espaço que sofre com a falta de infraestrutura ao longo do ano”, lamentou.
Em aparte, o deputado Wilker Barreto (Cidadania) questionou a destinação do valor pago por ambulantes de bebida e comida e o permissionário do parque de diversões, por exemplo.
“Esse dinheiro poderia ser usado para recuperar o próprio CSU. E a pergunta é quem fica com o dinheiro pago pelas barracas, pelo parquinho, pela venda de bebidas e até pelo bombonzeiro?”, questionou.
Crítica
O deputado Rozenha (PMB) criticou a fala do presidente Lula (PT) que, em visita ao Pará, participou de um evento de oficialização de Belém como sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) e pediu desculpas pela ausência do estado na Copa do Mundo 2014.
“O presidente disse que o Pará que deveria ser escolhido para sediar jogos na região Norte, por ter mais tradição no futebol. Ora, o critério para se escolher a sede não é o melhor futebol, tanto que países como os Estados Unidos, o Catar, o próprio estado do Amazonas foram escolhidos para sediarem jogos em Copas do Mundo. Acredito que o presidente se equivocou quando colocou o Amazonas em segundo plano nessa fala. Pará tem sim uma melhor torcida que o Amazonas, mas os nossos times estão evoluindo nos campeonatos”, afirmou.