O deputado estadual Rozenha (PMB) mostrou preocupação com a possibilidade dos amazonenses ficarem de fora dos resultados de processos seletivos da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).
Para o deputado, o parlamento estadual precisa encontrar uma solução para reverter as consequências sociais da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirma que é preciso impedir que as vagas da UEA sejam ocupadas por pessoas que não tenham compromisso com o Amazonas.
“Não quero dizer que temos que desrespeitar o STF. Estou querendo dizer que devemos buscar alternativas legais. Corremos o risco de, nos próximos anos, não termos os profissionais formados na UEA. Quem é de fora não tem compromisso com o Amazonas. Quem é de fora não vai ficar no Amazonas porque não tem raízes”, disse o deputado.
Rozenha citou como exemplo a manobra jurídica encontrada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A instituição elaborou um plano de bonificação de notas para alunos amazonenses.
“Nós vamos fazer um projeto de lei para também termos uma bonificação de notas na UEA para alunos do Amazonas. Isso dá mais competitividade. Vai assegurar mais vagas para amazonenses.
A UEA não pode virar uma universidade de pessoas de fora. Essa é a única esperança que os amazonenses têm de acesso a um ensino superior de qualidade”, ponderou o parlamentar.
Para Rozenha, é preciso lutar para diminuir a desvantagem de quem não tem recursos para concorrer a uma vaga em universidade pública.
“Quem não tem recursos, não tem a menor condição de concorrer com um estudante bem treinado, com quem estudou a vida inteira numa escola particular. Nós temos que conseguir uma maneira de salvar as vagas, sobretudo, dos amazonenses do interior.
Ao UEA não foi pensada pra ser uma universidade do Brasil. Ela foi pensada e projetada pra ser do Amazonas e dos amazonenses”, afirmou Rozenha.