Por Vandreza Souza dos Santos, docente do Colegiado de Ciências: Biologia e Química-INC/Ufam
Edição Sebastião de Oliveira-Ascom/Ufam
Em alusão ao ‘Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência’, as professoras Taciana Coutinho, Vandreza Souza e Leide Leão, participaram de programa de entrevista na Rádio Nacional do Alto Solimões na última quinta-feira, 9. A entrevista teve como objetivos discutir sobre a participação das mulheres e meninas no âmbito da ciência. Dia 11 de fevereiro é a data comemorativa lançada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2015, com o objetivo de fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, principalmente do ponto de vista da Educação.
Na oportunidade, as professoras falaram sobre a representatividade das mulheres nas mais diversas Áreas da Ciência, exemplificando mulheres importantes na história e de nossa atualidade, como Marie Curie, considerada a mãe da Física Moderna, e, mundialmente conhecida por sua pesquisa pioneira sobre a radioatividade. Além dela, as professoras citaram Ester Cerdeira Sabino que foi uma das principais cientistas brasileiras dedicadas ao combate à Covid-19, a qual liderou um grupo de pesquisa que realizou o sequenciamento completo do genoma do coronavírus (SARS-CoV2).
Além destes exemplos, as professoras abordaram o aumento crescente de mulheres participando e submetendo projetos científicos nas últimas duas décadas, bem como as contribuições deixadas por elas na Região do Alto Solimões.
As professoras disseram ainda que itens importantes quanto as potencialidades que o poder feminino apresenta e, acreditam que a valorização e o incentivado nas escolas são ações que permitirão com que mais meninas sejam instigadas a entrar no universo da Ciência, no sentido que busquem a formação em diferentes áreas do conhecimento como na Biologia, Química, Matemática, Física e outras. As docentes acreditam que essas áreas são dominadas pelos homens.
Durante a entrevista, as docentes pontuaram questões que precisam ser superadas, pelas mulheres, ou seja, as barreiras que precisam ser rompidas e questões de gênero e sexismo na ciência.
“É preciso mudar a concepção de que mulheres cientistas só podem ocupar papéis secundários. As mulheres precisam ser vistas como seres dotados de total capacidade para desenvolver pesquisas importantes, e que têm impacto na sociedade. Além disso, é preciso desmistificar a imagem do homem branco, de jaleco e cabelos bagunçados, trancado em um laboratório cheio de equipamentos modernos, como o único exemplo de cientista. Na realidade, podemos e devemos fazer ciência em todos os lugares, de diversas formas, envolvendo pessoas e situações reais, buscando contribuir e melhorar para a qualidade de vida nas mais diversas áreas.
E, é nessa mudança de pensamento e de atitude que mulheres como nós, cientistas, temos que trabalhar para as próximas gerações; dizem as professoras pesquisadoras e mulheres cientistas”, completou Taciana Coutinho.