A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizou, na tarde desta quinta-feira, 19/1, a primeira reunião para a elaboração de um fórum local que terá como tema a esporotricose, causada por um fungo presente no solo e na vegetação, que afeta diferentes animais, inclusive cães e gatos, podendo ser transmitida ao ser humano. O evento deve ocorrer entre os meses de março e abril deste ano, reunindo representantes da Saúde e do Meio Ambiente, instituições de ensino e pesquisa, legisladores e outros representantes da sociedade civil.
O objetivo do fórum é unir esforços e garantir ações conjuntas de enfrentamento a esta zoonose, doença infecciosa transmitida entre animais e humanos, e que de acordo com o subsecretário de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, representa, atualmente, um desafio importante para o poder público e para os diferentes segmentos da sociedade.
O encontro, realizado na sede da Semsa, contou com a participação de setores técnicos e administrativos da Semsa, incluindo a Diretoria de Vigilância Ambiental e Epidemiológica e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e de representantes de órgãos convidados como as secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade do município (Semmas) e do Estado (Sema), da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Doutora Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), do Laboratório de Saúde Pública do Amazonas (Lacen), da assessoria da deputada estadual Joana Darc, além do vereador Kennedy Marques.
Durante o evento, Djalma Coelho indicou a necessidade de aproximar os serviços de saúde da população, para que o controle da esporotricose seja efetivo no município e no entorno, e informou que recebeu do vereador Kennedy o pedido para que a Prefeitura de Manaus elaborasse o fórum.
“Consideramos essa pauta prioritária, em razão do cenário epidemiológico, por isso, sob a orientação da secretária Shádia Fraxe, acatamos a sugestão e estamos nos mobilizando para viabilizar esse encontro técnico, que visa a discussão ampla do tema e a construção de estratégias de enfrentamento à doença”.
A doença
A esporotricose acomete pele, tecido subcutâneo, vasos linfáticos e outros órgãos, mas tem tratamento. É endêmica na China, na Índia, no México, no Peru e no Brasil
Dados da Semsa mostram que a doença está presente em todos os distritos geográficos de Manaus, com maior presença nos bairros da zona Oeste, que responderam por 60% das 228 notificações de esporotricose humana registradas em 2022. Em relação à esporotricose animal, no ano passado o CCZ identificou 521 casos da doença, dos quais 340 na zona Oeste.
De acordo com Djalma Coelho, as próximas etapas de organização do fórum terão a participação de novos agentes do setor público e privado, que não puderam estar nessa primeira reunião, mas que já foram contactados pela Semsa para integrar os grupos de trabalho que definirão a programação completa do evento.
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Texto – Andréa Arruda / Semsa
Foto – Divulgação / Semsa
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