Começou nesta terça-feira (8/11), a programação oficial do pavilhão brasileiro na 27ª Conferência Climática das Nações Unidas (COP27), que ocorre em Sharm el-Sheikh, no Egito. Assim como foi na COP26, em Glasgow, na Escócia, as discussões ocorrem no estande brasileiro no Egito e no Espaço Brasil, um estúdio montado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.A abertura do evento na CNI ocorreu na manhã desta terça-feira, com a participação do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, chefe da delegação brasileira; do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia e presidente do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé; do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Muni Lourenço; e do gerente de competitividade do Sebrae Nacional, César Risette. Direto do Egito, participaram o secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, Marcelo Freire, o secretário de Relações Internacionais, Marcus Paranaguá, e a secretária de Biodiversidade, Julie Messias.
“Estamos aqui para discutir um Brasil real, um Brasil das energias verdes, que passa por uma agricultura sustentável, por uma indústria de baixo carbono, pelo empreendedorismo verde, os desafios dessa nova economia verde. E nada melhor do que estar aqui com o setor privado para dar escala a essa nova economia verde”, disse o ministro Joaquim Leite.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente da CNA ressaltou que o Brasil tem mais de 6 milhões de produtores rurais conscientes das metas do país para redução dos gases do efeito estufa e que a agropecuária brasileira incorporou novas tecnologias que trouxeram aumento de produtividade. “Para nós da CNA, a pauta ambiental e climática é prioridade e, por extensão, para todos do setor agropecuário. Consideramos a COP um momento ímpar para que possamos mostrar ao mundo, participar desses grandes debates da cúpula, e mostrar nosso país como potência de escala global agro, ambiental e energética”, frisou Muni Lourenço.
O gerente de competitividade do Sebrae Nacional, César Risette, lembrou que o Brasil enviou 20 empresários para a COP que vão mostrar a realidade das soluções que o empreendedorismo tem para a sustentabilidade do Planeta. “É um conjunto de soluções e tecnologia que o Brasil já está dominando, não é ideia, não é protótipo, é escala comercial que vamos estar mostrando”, disse Risette.
Devido ao fuso horário no Egito, que é de 5 horas a mais em relação a Brasília, os primeiros painéis começaram no país africano quando era madrugada no Brasil. Foram três painéis na manhã desta terça-feira: “Integração do Mercado Global de Carbono”, com a participação de especialistas no tema, “Futuro verde na mobilidade urbana”, com a presença do presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, Marcos Prado Troyjo, e “Governança Como Instrumento de Aceleração do Desenvolvimento Sustentável na Gestão Pública”, com a participação de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Na CNI, o primeiro painel foi sobre o programa “Escolas +Verdes”, com a participação de Joaquim Leite e do ministro da Educação, Victor Godoy. O projeto visa promover a sustentabilidade nas escolas.
Em seguida foi realizado o painel sobre “Mercado de capitais e ativos ambientais”, com a participação do secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, e do ministro Joaquim Leite, em Brasília, e do secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do MMA, Marcelo Freire, do diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bruno Aranha, e do assessor estratégico da Caixa Econômica Federal, Leonardo Ceron, direto do Egito. Eles trataram de projetos que envolvem economia sustentável e de preservação do meio ambiente.
A programação completa do pavilhão brasileiro é disponibilizada no site do Ministério do Meio Ambiente. Todas as discussões podem ser acompanhadas ao vivo pelo YouTube.
Ao longo de toda a conferência, até 18 de novembro, serão realizados painéis com a participação de integrantes do MMA e de outros ministérios, executivos de grandes empresas e representantes da indústria, do agronegócio e do comércio exterior para apresentar ações que contribuam para que a economia se torne neutra em emissões de carbono até 2050.
Confira aqui a programação completa.
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