O aterro improvisado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para travessia na ponte sob o Rio Autaz Mirim, localizado na BR-319, que desabou no dia 8 de outubro, é uma solução paliativa e que não sobreviverá à cheia dos rios. A opinião é do deputado estadual Serafim Corrêa, do PSB.
O tráfego de veículos no local foi liberado de forma provisória na última terça-feira, 25, pelo Dnit. O órgão ainda não informou quando a construção da ponte será concluída para garantir travessia segura para condutores e pedestres.
“A ruptura das pontes na BR-319 nos isolou. O Dnit deu uma solução provisória. Vejam, não há hipótese desta obra dar certo. Os rios amazônicos vão começar a subir, na verdade, já começaram a subir. Já está começando a chover. Fizeram uma ponte com três “bueirinhos” que não vão dar vazão a um rio deste tamanho”, disse o parlamentar durante discurso na sessão plenária Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), desta quinta-feira, 27.
Para o líder do PSB no parlamento estadual, o resultado da medida escolhida pelo Dnit é previsível.
“Quando o rio encher vai levar esse aterro com tudo e nós voltaremos a ter o mesmo problema. A ponte segue caída no local e é possível visualizar que o nível que as águas do rio chegam são superiores ao do aterro, que será rapidamente encoberto pelas águas. Então, estão dando uma solução provisória que vai aguentar pouquíssimas semanas. Nós que moramos na Amazônia sabemos como as coisas funcionam. Isso me preocupa, espero que eu esteja errado, mas os meus olhos estão vendo algo que não tem como dar certo”, concluiu Corrêa.
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