A Zona Franca de Manaus (ZFM) e toda a política pública desenvolvida há 55 anos pelo modelo econômico, além dos cenários prospectivos e agenda estratégica que visam inserir a Suframa no contexto Amazônia 2040, foram apresentados nesta quarta-feira (3), a futuros diplomatas do Instituto Rio Branco. Em viagem de estudos estratégicos à região, o grupo formado por 38 estudantes da instituição cuja sede é em Brasília, participou de palestras relacionadas à temática coordenadas pelo superintendente Algacir Polsin e ministradas por técnicos da Autarquia.
A atividade foi realizada no Comando Militar da Amazônia (CMA) e fez parte de uma programação que começou no último domingo (31) e prossegue até o próximo sábado (6/08), com direito a visitas a locais turísticos como o Teatro Amazonas e o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, além da ida a abrigos humanitários localizados em Roraima.
Durante a apresentação sobre a ZFM, foram destacados a evolução do modelo, marcos regulatórios para se realizar as atividades industriais, incentivos fiscais e alguns números relacionados ao faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM). Para os próximos anos, o objetivo é intensificar o adensamento das cadeias produtivas; buscar a internacionalização da indústria local; e irradiar os efeitos positivos na área de abrangência, incluindo a alavancagem do processo de industrialização das Áreas de Livres Comércio (ALC), com base nas potencialidades regionais.
Em relação às exportações, a Suframa também trabalha no sentido de atrair novos negócios e investimentos para o desenvolvimento da Amazônia brasileira.
Na área do projeto “Amazônia 2040: cenários prospectivos e agenda estratégica para o Desenvolvimento, foi destacada junto aos futuros diplomatas, a busca da Suframa pelo estímulo aos potenciais endógenos de desenvolvimento nessa mesma a área de abrangência, que sejam capazes de enraizar vetores econômicos com agregação de valor relevante para criação de oportunidades de atividades produtivas e renda com reflexos na melhoria da qualidade de vida da população da região e menor dependência dos instrumentos de incentivos fiscais regionais.
A finalidade é propor estratégias de desenvolvimento sustentável, com base nos cenários prospectivos e eixos temáticos que contribuam para a formulação de políticas públicas pela Suframa, visando à redução das desigualdades regionais e a melhoria da qualidade de vida da população, em especial com sugestões que possam resultar em apoio ou fomento às atividades voltadas ao desenvolvimento endógeno com menor dependência da instrumentalização dos incentivos fiscais regionais.
Entende-se por desenvolvimento endógeno, um processo de crescimento econômico que implica em contínua ampliação da capacidade de geração e agregação de valor sobre a produção, assim como da capacidade de absorção da região, na retenção do excedente econômico gerado na economia local e na atração de excedentes provenientes de outras regiões. Esse processo tem como resultado a ampliação do emprego, do produto e da renda local e regional, gerada por uma determinada atividade econômica.
Eixos temáticos
Em torno de toda essa discussão, destaque para os seguintes eixos temáticos: Bioeconomia e Produção de Alimentos; Defesa Nacional em Faixa de Fronteira e Segurança Regional; Educação e Cultura Amazônica; Empreendedorismo Inovador em contexto Amazônico; Fontes de Energias Limpas e Renováveis; Indústria 4.0 e Internet das Coisas; Infovias e Inovação para Inclusão Digital; Infraestrutura e Logística Amazônica; Inovação e Tecnologias para Saúde e Produção de Medicamentos na Amazônia; Inovação para Cidades Inteligentes e Sustentáveis; Recursos Hídricos e Monitoramento Climático; Segurança Digital e Proteção de Sistemas Governamentais Estratégicos; Tecnologias para Exploração Mineral e de Óleo e Gás; Tecnologia para Geração de Ativos IG e MC; e Tecnologias Inovação para Turismo, Etno e Ecoturismo.
Palestrantes
As palestras também foram ministradas pela coordenadora-geral de Estudos Econômicos e Empresariais, Ana Maria Souza; o coordenador-geral de Comércio Exterior, Frederico Aguiar; e o assessor da Superintendência Adjunta de Pesquisa (SAP/Suframa), Renato Mendes.