A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a Polícia Militar do Amazonas (PMAM), disponibilizou a mão de obra de 12 internos do programa de ressocialização “Trabalhando a Liberdade” para a realização de diversos serviços no Regimento de Policiamento Montado ‘Coronel Bentes’ (RPMon), localizado no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus.
É neste local que funciona a cavalaria e outros setores da PMAM. Até o momento, os internos já efetuaram a pintura e artes de três alojamentos do estabelecimento: Escola de Equitação Tiradentes (EET), Comando de Policiamento Especializado (CPE) e a área médica veterinária. Nos ambientes, eles também realizaram os serviços de alvenaria, hidráulica, elétrica, soldagem e o de marcenaria, com a criação das porteiras das baias dos animais. A pintura da arena de treinamento dos cavalos é também outro serviço concluído.
Agora, os reeducandos estão trabalhando na readaptação do antigo prédio de equoterapia, em alojamento para a equipe que trabalha na cavalaria, na construção da cobertura de viaturas e no reparo da fachada do Grupamento de Manejo de Artefatos Explosivos (Marte).
“Nós não teríamos como viabilizar isso sem o apoio da Seap com a mão de obra carcerária”, disse o comandante do Marte, major Mesquita Feitoza. “A parceria é fundamental tanto para que os internos desenvolvam uma atividade, que é o foco do programa, como para que consigamos realizar as benfeitorias para nosso aquartelamento”, finalizou.
O tenente Pedro Melo também reconhece a excelência do serviço dos apenados. “É uma parceria excelente. Nós temos aqui prédios públicos que necessitam de manutenção, de mão de obra especializada, e muitos dos internos têm essa capacidade de tá contribuindo com o quartel e a sociedade amazonense em geral, reformando as estruturas e proporcionando uma qualidade de vida melhor para os animais e para o nosso policial”.
O grupo de trabalhadores, composto por internos do Centro de Detenção Provisória Masculino 2 (CDPM 2), vem desempenhando os serviços no local, desde abril. “Com as atividades extramuros, os internos diminuem um dia da pena a cada três dias trabalhados”, reitera o coronel Vinícius Almeida, secretário da Seap. “Outro diferencial do programa é a redução de custos no que tange à mão de obra e a contribuição dos privados de liberdade na melhoria dos serviços prestados à sociedade”.
Não é a primeira vez que a Seap viabiliza, por meio do consórcio cogestor CGPAM, a mão de obra carcerária para a cavalaria. Em agosto do ano passado, 10 internos do CDPM 2 trabalharam na construção do então espaço de adestramento do RPMon, a “Pista Centauro de Maneabilidade a Cavalo 2º Tenente Jefferson”.