O projeto “Poluição atmosférica na área urbana de Manaus: modelagem e aspectos observacionais de traçadores de queimada”, desenvolvido pelo aluno Igor Oliveira Ribeiro e orientado pelos professores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Sergio Duvoisin Junior, Rodrigo Augusto Ferreira de Souza e Scot Turnbull Martin, recebeu Menção Honrosa na 15ª edição do Prêmio Capes de Tese, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.
De acordo com a coordenação, o evento teve um recorde no número de candidatos inscritos. O resultado, assinalando a premiação de 49 trabalhos dentre as 1.421 teses participantes em 2020, foi divulgado nesta semana, no Diário Oficial da União (DOU).
Além dos 49 alunos premiados, outros 94 candidatos serão homenageados com menções honrosas, a serem concedidas em forma de certificados aos autores, orientadores, coordenadores e ao programa em que foi defendida cada tese, conforme prevê o edital.
Para Igor Oliveira, a Menção Honrosa do Prêmio Capes de Tese 2020 é um reconhecimento de relevância para a pesquisa produzida no Amazonas a sociedade e ciência brasileira. Ele destaca que o prêmio deve servir de estímulo para que os jovens das graduações e pós-graduações da UEA continuem desenvolvendo pesquisas nas mais variadas áreas.
“É um reconhecimento à alta qualidade das pesquisas científicas que são desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Clima e Ambiente (PPG-Cliamb), da Universidade do Estado do Amazonas em ampla associação com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Temos visto a importância das instituições públicas de pesquisa e da ciência para nossas vidas, portanto devemos valorizá-la ainda mais. Essa premiação vai me inspirar a continuar fazendo pesquisas científicas e investindo na educação de nossos jovens”, enfatizou.
Sobre o projeto, Igor explica que iniciou as pesquisas em 2015, ano em que a cidade de Manaus ficou coberta por fumaça oriunda das queimadas da Amazônia, e terminou no ano passado. Desde então, ele buscou avaliar como as queimadas de origem antrópica e intensificadas pelas secas severas associadas a eventos climáticos extremos desde o início do século 21 afetavam a qualidade do ar na Amazônia e na cidade de Manaus.
“Agora, é dar continuidade às pesquisas, junto ao PPG-Cliamb, na linha de monitoramento dos impactos das queimadas da Amazônia e Poluição do Ar, principalmente em área urbana, e aplicando novas tecnologias e conceitos como Internet of Things (IoT) e Cidades Inteligentes e Sustentáveis, que são áreas prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações”, revelou.
Sobre o prêmio – O Prêmio Capes de Tese reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros de acordo com os seguintes critérios: originalidade do trabalho, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e o valor agregado pelo sistema educacional ao candidato.
Criado em 2005 e entregue pela primeira vez em 2006, ele abrange todas as áreas de conhecimento que têm um representante na avaliação da pós-graduação stricto sensu. Um dos objetivos da iniciativa é aumentar a visibilidade das ações positivas e indutoras da Capes na pós-graduação brasileira.
Vale destacar que o prêmio é fruto de parceria entre Capes, Fundação Carlos Chagas, Comissão Fulbright e Instituto Serrapilheira. Uma tese é premiada em cada uma das 49 áreas de avaliação reconhecidas pela Capes.
Premiação – Os autores premiados e seus orientadores receberão uma bolsa de estágio pós-doutoral em instituição nacional no valor de R$ 3 mil. Dos trabalhos escolhidos para o Grande Prêmio, os orientadores receberão R$ 9 mil.
Também serão oferecidos prêmios adicionais pelos parceiros. A Fundação Carlos Chagas premiará as teses vencedoras nas áreas de Educação e Ensino. Cada autor receberá R$ 15 mil. Serão ainda agraciados com R$ 5 mil os quatro autores que receberem menções honrosas, duas em cada uma destas áreas. O Instituto Serrapilheira premiará com R$ 20 mil cada autor vencedor do Grande Prêmio nos colégios de Ciências Exatas e da Vida.
Já a Comissão Fulbright concederá uma bolsa de pós-doutorado em uma universidade norte-americana, por quatro meses, no valor de US$ 16 mil, para a tese que melhor evidenciar a relação Brasil-Estados Unidos.
Dos trabalhos agraciados sairão os vencedores do Grande Prêmio, oferecido ao destaque de cada uma das três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida, Humanidades e Exatas. A cerimônia acontecerá em dezembro.
“A quantidade crescente de teses mostra o apreço contínuo da Capes pela qualidade e pela competitividade da pós-graduação brasileira. Parabenizo a todos os participantes, em especial os vencedores, que sobressaíram em um certame cada vez mais numeroso”, diz o presidente da Capes, Benedito Aguiar.