“O meio ambiente e a sociedade são apenas um, e a saúde da população é totalmente dependente deste recurso”. É assim que o estudante Salomão Moreira, único amazonense selecionado para participar do Parlamento Jovem Brasileiro (PJB), define a sua proposta para o programa. Estudante da Escola Estadual (EE) Ângelo Ramazzotti, ele é propositor do projeto de lei que acrescenta investimentos para a fiscalização e acompanhamento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei n°12.305, de 22 de fevereiro de 1989), criando, assim, uma comissão multiprofissional no âmbito do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Depois de vários debates, juntamente com o professor que me orientou, chegamos à pauta sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, na qual consegui enxergar várias falhas e o que eu poderia fazer para reverter a situação. Escolhi tratar sobre o meio ambiente porque eu acredito que a sociedade deve abandonar a ideia iluminista de que a natureza só obtém serventia para a operacionalização do homem sobre ela”, conta Salomão.
O Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) é um programa de educação para democracia que, anualmente, oferece a estudantes do Ensino Médio de todo o país a oportunidade de simular a jornada de trabalho dos deputados federais. Neste ano, devido à pandemia da Covid-19, as atividades ocorrerão de forma remota, inicialmente, com as sessões plenárias na capital federal previstas para ocorrer entre os dias 11 e 14 de maio de 2021.
Estudante da 3ª série do Ensino Médio, Salomão explica que tinha muita confiança de que o seu projeto fosse escolhido para representar o Amazonas no Distrito Federal. “É uma sensação única. Eu me sinto muito feliz, orgulhoso e ansioso para a jornada parlamentar. Desde as primeiras discussões com meu professor, acreditei que poderia ter o projeto selecionado para a etapa nacional”, enfatizou.
Rodrigo Pavani, professor que orientou o estudante, afirma que buscou estimulá-lo a abordar o assunto a partir da realidade do estado.
“Partimos da realidade do Amazonas, especificamente da zona metropolitana e do interior do estado. Já na justificativa do projeto de lei, descrevemos o caso de Itacoatiara, cidade limítrofe ao rio Amazonas que não possui aterro sanitário. Aos poucos, fomos percebendo que estávamos diante de uma realidade compartilhada, pois muitas cidades brasileiras ainda não cumpriram as metas estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos”, finaliza.