FOTO: Ramon Arcanjo/SedectiCom o objetivo de fortalecer a matriz econômica a partir de atividades que apresentam potencial no Amazonas, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), promoveu, nesta segunda-feira (20/06), o primeiro dia de debates do Fórum Permanente de Desenvolvimento Sustentável. O evento ocorre até esta terça-feira (21/06), no Centro Cultural Palácio Rio Negro, bairro Centro, na zona sul, e prevê a criação de um plano estratégico para alavancar e diversificar a economia do estado.
Há 35 minutos
Por Agência Amazonas
Painéis de discussões apresentaram a diversificação econômica do estado apontando potencialidades e viabilidades
O primeiro painel teve o título “Uma Proposta de Mudança do ‘Modelo Mental’ para a Zona Franca de Manaus (ZFM) e foi realizado pelo presidente da Sociedade Fogás Ltda, Jaime Benchimol.
Tão logo o Fórum Permanente de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas foi instituído pelo governador Wilson Lima e o titular da Sedecti, Angelus Figueira, iniciou-se a programação com os painéis sobre os seguintes temas: indústria, logística, política tributária para o Polo Industrial de Manaus (PIM), comércio, turismo, pesca esportiva, economia criativa, serviços, manejo florestal, ordenamento territorial, fundiário e ambiental, além do mercado de carbono e política nacional de Bioeconomia.
“A criação do Fórum é muito oportuna, uma vez que vem em um momento necessário. A Zona Franca de Manaus foi criada com metas de preservar a integridade nacional e diminuir as desigualdades. Hoje, após 55 anos, precisamos ajustar a mentalidade coletiva para mudar as rédeas do nosso destino. A Zona Franca de Manaus pode ser melhorada com ações que nós mesmos podemos tomar”, comentou Benchimol.
O empresário apresentou argumentos traçados como proposta de reconfiguração da maneira como a ZFM é vista pelo mundo e destacou a realização do Fórum.
Apresentações de painéis
Entre as ideias expostas, o palestrante citou investir recursos e tempo para áreas como construção naval, piscicultura, aquicultura, potássio, essências e fragrâncias.
De acordo com Lima, o maior objetivo do painel foi discutir melhorias, dificuldades e, principalmente, oportunidades para o Polo.
As palestras seguintes ocorreram em formato de painéis. O primeiro tratou sobre o “Polo Industrial de Manaus: Avanços e Desafios”. O tema teve como moderador, o ex-presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, e como conferencistas, o secretário executivo de Desenvolvimento, Jhones Lima; o professor Doutor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Augusto Barreto Rocha; e o consultor Thomaz Nogueira, em participação por vídeo.
Barreto, por sua vez, levantou uma questão que, por diversas vezes, permeia conversas da população amazonense. O professor falou sobre o dito popular de que ‘o problema do estado seria estar situado em um ponto mais distante dos outros estados brasileiros’. Fato contestado por ele.
“Também buscamos interagir com os envolvidos no Fórum para criarmos novas possibilidades. Além disso, procuramos consolidar se o que temos em andamento, hoje, traz resultado esperado para curto e médio prazo ou se devemos reavaliar o modelo. É para isso que o Fórum foi desenvolvido”, afirmou Lima.
O segundo painel intitulado “Avanços e Desafios nas Áreas de Comércio, Serviços e Turismo”, teve como moderador, o gerente do Sebrae Amazonas, Vicente Schettini e como conferencistas: o representante da Amazonastur, Daniel Bernardes; o representante da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Turenko Beça; o chefe do Núcleo de Pesca da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema); Rogério Bessa.
“A localização é uma característica imutável. Logo, não é certo, enxergarmos a distância como um problema. O verdadeiro obstáculo está na falta de adaptação para as particularidades de localizações distantes. Para isso, precisamos investir esforços nos meios de tráfegos possíveis na nossa região”, alegou.
O terceiro painel e último do primeiro dia, foi sobre “Serviços da Floresta – Avanços e Desafios”, que teve como moderador, o procurador do Meio Ambiente (PMA) da PGE-AM, Daniel Viegas. Como conferencistas, o diretor da Mil Madeiras Preciosas, João Cruz; a representante da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), Magna Cruz; e o coordenador do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas, por meio de videoconferência.