FOTO: Girlene Medeiros/FVS-RCPO Amazonas registrou, de janeiro a maio de 2022, 1.391 acidentes por animais peçonhentos. Houve redução de 15% dos casos, em comparação com o mesmo período do ano passado – foram 1.637 ocorrências de janeiro a maio de 2021, em todo o estado. Entre os principais animais envolvidos estão serpente, aranha, escorpião, lagarta e abelha.
Há 41 minutos
Por Agência Amazonas
De janeiro a maio de 2022, foram registrados 1.391 acidentes por animais peçonhentos no estado
De janeiro a maio de 2022, o animal com maior número de ocorrências no Amazonas é a serpente, que representa 70,4% dos casos registrados. Entre os demais estão: escorpião (195), aranha (97), abelha (28) e lagarta (9).
Os dados foram consolidados pela Gerência de Zoonoses da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).
Segundo o médico veterinário da Gerência de Zoonoses da FVS-RCP, Deugles Cardoso, o ano de 2021 foi diferenciado para a instituição, por conta da cheia recorde do rio Negro, que atingiu a marca de 30,02 metros, refletindo na alta de acidentes por animais peçonhentos e consequentemente o uso de ampolas de soro antiveneno.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que, apesar da redução de registros, é preciso que a população adote medidas preventivas contra os acidentes por animais peçonhentos. “Houve redução, mas é importante que a população continue vigilante já que estamos em período de cheia dos rios, o que aumenta o risco de ataque desses animais”, afirma Tatyana.
Antiveneno
“Esse cenário não é diferente em 2022, pois ainda estamos na fase de elevação do nível dos rios logo a manutenção por acidentes. O período de fevereiro a julho é de alta demanda de acidentes devido à elevação das águas. A gente orienta a população para o uso de botas de borracha cano longo, que reduz 80% dos acidentes por animais peçonhentos”, ressalta Deugles.
Cenário
Em 2022, o Amazonas recebeu 8.120 ampolas de soro antiveneno, que foram distribuídas para os municípios do estado. Os soros são usados para acidentes por jararaca, surucucu, coral, escorpião e aranha.
Prevenção
De janeiro a maio de 2022, os municípios que mais registraram acidentes por animais peçonhentos foram: Manaus (145), Itacoatiara (81), Parintins (80), Tefé (72), Apuí (58), Maués (56), Rio Preto da Eva (49), Borba (42), Lábrea (37) e Manicoré (37).
A recomendação é manter limpos os quintais e jardins das residências, não acumular folhas secas e lixo domiciliar. Também evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplanagens que possam deixar entulho, superfícies sem revestimento e umidade. Além disso, colocar telas nas aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos fechados.
Durante o período chuvoso e quente, acidentes com animais peçonhentos tendem a aumentar, e a melhor forma de evitá-los é adotar medidas de prevenção. Como o contato com os animais peçonhentos ocorre, geralmente, durante a realização de atividades que envolvem a manipulação de galhos, troncos, folhas e coleta de frutos, recomenda-se atenção especial nessas ocasiões, principalmente com as crianças.
Em caso de acidentes com animais peçonhentos, o paciente deve procurar o mais rápido possível a unidade de saúde mais próxima para o atendimento e, se necessário, receber o soro compatível.
Atendimento
Referência
Em Manaus, os atendimentos de pacientes vítimas de acidentes por animais peçonhentos são realizados na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), que é referência de tratamento com soroterapia para esses tipos de acidentes. Os números para contato telefônico da instituição são (92) 2127-3555, 2127-3401 e 2127-3519.
A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. O contato telefônico da FVS-RCP é o (92) 3182-8510.
A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas, incluindo o monitoramento de indicadores de acidentes com animais peçonhentos, por meio do Departamento de Vigilância Ambiental e Controle de Doenças (DVA/FVS-RCP) via Gerência de Zoonoses (GZ/DVA/FVS-RCP).