Na manhã desta segunda-feira (14/3), o autor da Lei n° 2.130, vereador Professor Samuel (PL), fez um alerta no Jornal Câmara é Notícia para a importância da conscientização e preservação dos igarapés da cidade de Manaus. Muito comum na vida do amazonense entre as décadas de 40 a 90, os igarapés tiveram seu apogeu e declínio.
Atualmente a realidade é triste e preocupante. No último ano a Prefeitura gastou R$ 12 milhões na modalidade de limpeza dos igarapés e orla da cidade, retirando em média 27 toneladas de lixo, por dia, a um custo de R$ 1 milhão por mês aos cofres públicos.
“Diante da realidade que se agrava a conscientização é o melhor caminho para preservação, ações durante todo o ano, uma reeducação para adultos e uma base para as crianças. O valor gasto por ano, daria em média para construir 8 creches, reformar hospitais, investir em infraestrutura”, ressaltou o parlamentar.
Em 2021 quase todos os 150 igarapés da capital amazonense já estavam poluídos com lixo e outros rejeitos. Especialistas dizem que levará pelo menos 20 a 30 anos para que os cursos d’água se recuperem. Alguns, considerados “igarapés mortos”, dificilmente serão salvos, já que suas nascentes foram soterradas com lixo ou terra.
“Além da beleza natural, estamos perdendo oportunidades de transporte e turismo por não cuidarmos adequadamente dos nossos igarapés. A grande pergunta é o que podemos fazer? Inúmeras leis já existem, como a da Semana de Preservação dos Igarapés, mas que muitas vezes passam despercebidas”, alertou.
Desde que a lei foi instituída em 2016 o vereador Professor Samuel organizou diversas ações de conscientização, com panfletagem, tribunas populares, conscientização nos bairros em moradias próximas a igarapés e rip-raps.
“Neste ano faremos uma ação virtual, nas redes sociais, onde pretendemos alcançar muitas pessoas, com dicas de reciclagem, informações sobre os lixos descartados em áreas irregulares, a degradação a curto e longo prazo, além de divulgar nossos contatos para formalizarmos pedidos de retirada de lixo. As Ongs que tenham algum trabalho de recuperação e ações educativas ambientais que queriam nos ajudar, podem nos procurar pelas redes sociais, que quanto mais nos unirmos e buscarmos reeducar as pessoas em situação de vulnerabilidade social, teremos uma salubridade melhor e as águas da nossa Manaus, do nosso Amazonas, mais agradecidas”.
É inegável que a população não pode ser isentada e com a união junto ao poder público podemos gerar uma mudança que seja eficaz e definitiva na construção de uma cidade com melhor qualidade de vida.
Texto e foto: Paula Christina – Assessoria de Comunicação do vereador
