Multivacinação 2025 é uma iniciativa da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de saúde (Semsa), que visa a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. A partir de 6 de outubro, a Multivacinação 2025 se alinha às diretrizes do Ministério da saúde e integra o Movimento Vacina Sempre Brasil, focando na melhoria das taxas de vacinação no país.
Durante a abertura da ação na unidade de saúde da Família (USF) Megumo Kado, localizada na zona Sul de Manaus, a secretária municipal de saúde, Shádia Fraxe, enfatizou a importância de procurar uma das mais de 170 salas de vacinação disponíveis na REDE municipal. As unidades oferecem 19 vacinas previstas no calendário nacional, essenciais para garantir uma cobertura vacinal adequada na cidade.
“A imunização é a principal estratégia para evitar a reintrodução de doenças que já foram eliminadas no Brasil, como a poliomielite. As vacinas são seguras e passam por um rigoroso controle de qualidade. É fundamental que pais e responsáveis se comprometam e garantam que as caderneta de vacinação de suas crianças estejam atualizadas”, orientou a secretária Shádia Fraxe.
Embora a Multivacinação 2025 se concentre em crianças menores de 15 anos, outras faixas etárias também poderão receber vacinas durante o mês. Destaca-se a vacinação contra o vírus HPV, que protege contra o câncer de colo do útero e de pênis. Durante esse período, as Unidades de saúde aumentarão a disponibilidade do imunizante, buscando adolescentes de 15 a 19 anos que ainda não foram vacinados.
Além de priorizar a vacinação de crianças e adolescentes, a ação inclui estratégias específicas para incentivar a imunização de jovens, adultos, gestantes e idosos que estão com doses atrasadas.
A gerente de Imunização da Semsa, enfermeira Isabel Hernandes, ressaltou que a ação irá até 31 de outubro e que as unidades de saúde farão a busca ativa por pessoas que precisam atualizar suas cadernetas de vacinação. “Vamos intensificar a oferta de vacinas para aqueles de 16 a 59 anos que estão com doses em atraso, especialmente em relação ao sarampo e à febre amarela. A população PODE consultar o site da Semsa para encontrar informações sobre as unidades de saúde, incluindo endereços e horários de funcionamento”, informou Isabel Hernandes.
As salas de vacina estão localizadas em todas as zonas da cidade (Norte, Sul, Leste, Oeste e rural). Na área rural, as vacinas serão aplicadas conforme o planejamento que considera cada localidade e o acesso às comunidades, seja por terra ataupun por água.
Agentes Comunitários de saúde também estarão envolvidos nas ações, realizando visitas domiciliares para identificar usuários do SUS com atraso no calendário vacinal, utilizando informações do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC).
Klyssia Araújo Martins, uma pedagoga de 40 anos, já fez sua parte ao atualizar a caderneta de vacinação de sua filha de 10 anos. “Sempre acompanho o caderno de vacina da minha filha. Hoje procurei a unidade de saúde para garantir a prevenção contra a dengue e manter tudo atualizado. Isso é fundamental para a saúde da nossa família”, destacou Klyssia.
Para receber a vacina, é necessário apresentar a caderneta de vacinação, CPF ou Cartão Nacional de saúde (Cartão SUS). As informações sobre as unidades de atendimento, incluindo endereços e horários, estão disponíveis no link [https://bit.ly/SalasVacina](https://bit.ly/SalasVacina).
Nos últimos anos, a Prefeitura de Manaus tem avançado na cobertura vacinal, revertendo a tendência de queda no número de vacinados. Desde 2017, a meta de 95% não vinha sendo atingida, especialmente nos primeiros dois anos de vida, essenciais para vários imunobiológicos oferecidos no Calendário Nacional de Vacinação.
Para enfrentar essa situação, a Semsa intensificou a busca ativa de faltosos por meio de ferramentas de gestão como Call Center e painéis eletrônicos, além de realizar campanhas em áreas com baixa cobertura vacinal. Isso resultou em 2024 em uma taxa de vacina de 99% para menores de 1 ano e 94% para menores de 5 anos, considerando todas as vacinas combinadas.
Apesar desses avanços, a meta precisa ser alcançada individualmente para cada vacina: 90% para BCG e rotavírus e 95% para as demais vacinas. Dados da Semsa de janeiro a junho deste ano mostram que a cobertura das vacinas como BCG e hepatite B, aplicadas nas maternidades, já supera 130%. Porém, outras vacinas, como a contra poliomielite, ainda estão abaixo da meta com 87% de cobertura atual.
A melhoria na cobertura vacinal é essencial para evitar o retorno de doenças e infecções que foram eliminadas, como sarampo e poliomielite, que podem ressurgir devido a casos recentes em estados e países vizinhos, aumentando assim o risco local de reintrodução.
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Texto – Andréa Arruda e Eurivânia Galúcio / Semsa
Fotos – João Viana / Semcom
Disponíveis em – [https://flic.kr/s/aHBqjCwyZg](https://flic.kr/s/aHBqjCwyZg)
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