Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Agentes de Controle de Endemias (ACSs), que atuam na rede de saúde de Manaus, participaram de uma reunião nesta quarta-feira, 12/2, para apresentação da proposta de ampliação da rede de diagnóstico da malária nas quatro zonas urbanas da cidade, que será implementada no ano de 2025.
A reunião, realizada no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), no bairro Adrianópolis, representou mais uma etapa do processo de preparação dos profissionais da rede para a ampliação do serviço em Unidades de Saúde nas zonas Norte, Sul, Leste e Oeste.
Durante a reunião, o subsecretário de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, informou que a proposta é tanto para a ampliação no número de pontos de atendimento para o acesso ao diagnóstico da malária, quanto para a oferta do tratamento.
“Por muito tempo, houve esse pensamento de que a malária estaria nas áreas periféricas, com igarapés e áreas de floresta, onde há a proliferação do mosquito transmissor da doença. Só que a população que frequenta esses lugares, muitas vezes mora na zona urbana e vai manifestar os sintomas na zona urbana”, afirmou Djalma Coelho.
O subsecretário destacou ainda a importância da ampliação para que seja possível obter um diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno, garantindo um melhor cuidado para a cura do paciente. “O diagnóstico tardio da malária é muito ruim para a saúde do paciente e ocorre muitas vezes pelo desconhecimento dos sintomas da doença, o que atrasa a busca por atendimento. Mas também pode acontecer uma dificuldade em acessar uma unidade de saúde que ofereça o diagnóstico. Com a ampliação da rede, o acesso ao serviço será mais fácil e rápido”, destacou Djalma.
Atualmente, Manaus conta com 51 pontos de atendimento para o diagnóstico de malária na rede municipal, sendo 21 na área urbana (cinco bases operacionais, 15 Unidades de Saúde da Família e Maternidade Moura Tapajóz), 29 na área Rural (terrestre e fluvial) e um em Unidade Móvel.
De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e de Saúde do Trabalhador (DVAE), enfermeira Marinélia Ferreira, na zona rural de Manaus já há uma rede de diagnóstico mais consolidada para o atendimento à população e por isso a ampliação neste momento está sendo direcionada mais para a zona urbana, com a oferta do teste rápido da malária e também o exame de gota espessa.
A diretora explica que uma das etapas para o processo de ampliação da rede é o alinhamento das ações juntos aos profissionais, incluindo os ACSs e ACEs que atuam nas Unidades de Saúde de forma mais próxima das comunidades e podem identificar mais rapidamente os casos suspeitos de agravos entre a população.
“Estamos reunindo com os servidores para alinhar o planejamento, o que deve seguir até o mês de abril, e capacitar técnicos e outros profissionais das Unidades de Saúde onde haverá a implantação ou ampliação da oferta do diagnóstico na rotina de atendimento. A ideia é garantir um diagnóstico rápido, tratamento oportuno, o que vai resultar na quebra do ciclo de transmissão e evitar novos casos de malária”, informou Marinélia Ferreira.
Sintomas
Doença infecciosa febril aguda, a malária é transmitida por meio da picada de fêmea do mosquito Anopheles infectadas por protozoários do gênero Plasmodium, que é o causador da doença. Os sintomas mais comuns da malária são: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. A doença tem cura e o tratamento é gratuito, mas, se não for diagnosticada e tratada de forma precoce e adequada, pode evoluir para formas graves.
O cronograma da Semsa prevê a ampliação do diagnóstico da malária nas quatro zonas de Manaus, de acordo com o processo de análise junto às unidades de saúde.
Para a ACE Lediane da Silva Mota, que atua na Base Operacional João Paulo, zona Leste, a ampliação do serviço vai contribuir com o diagnóstico precoce dos casos de malária.
“Nossa equipe atua principalmente nas comunidades do Brasileirinho e Água Branca, com diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente. A oferta do teste rápido ajuda muito as comunidades que ficam mais distantes de Manaus, e podemos oferecer o tratamento de acordo com o recomendado pelo Ministério da Saúde, para a malária vivax e falciparum”, afirmou Lediane.
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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa