A Prefeitura de Manaus avança na implantação da Cidade do Autismo, um espaço inovador voltado ao atendimento de pessoas no espectro autista, além de suas famílias. Na manhã desta quarta-feira, 12/2, o prefeito David Almeida apresentou o terreno onde será construída a fundação, localizada em frente à plataforma de transferência da avenida Constantino Nery, no bairro São Geraldo, zona Centro-Sul.
“Aqui é uma área de 10 mil metros quadrados, onde vamos construir a Fundação Municipal Cidade do Autismo. Um prédio de três andares, totalmente planejado para o atendimento das pessoas no espectro autista e suas famílias. Nossa meta é atender de 12 a 15 mil crianças neste espaço. A área construída será de 5.002 metros quadrados, em um ponto central de Manaus, garantindo acessibilidade às famílias que serão acolhidas aqui”, explicou o prefeito David Almeida.
O projeto de construção é coordenado pelo Comitê Municipal de Gestão Estratégica (CMGE), contando com suporte das pastas de Assistência Social, Saúde e Educação. O complexo será um prédio sustentável, com tecnologia avançada e Selo Verde, e contará com um investimento total de R$ 12 milhões. Os recursos virão da Prefeitura de Manaus e de emendas parlamentares, sendo R$ 4 milhões destinados pelo senador Omar Aziz e R$ 2 milhões pelo deputado estadual Daniel Almeida. Segundo o prefeito, após a emissão da ordem de serviço, prevista para maio deste ano, a obra terá um prazo de conclusão de um ano. Além da estrutura já planejada, a prefeitura ainda realizará a desapropriação de dois terrenos ao lado para ampliar a área do projeto.
A Cidade do Autismo oferecerá atendimentos nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social, com uma ampla gama de serviços especializados. “O espaço vai contar com jardim sensorial, atendimento odontológico, clínico geral, neurologia, fonoaudiologia, terapia, psiquiatria e fisioterapia. Queremos oferecer um serviço de excelência e nos tornar referência para o Brasil”, destacou o prefeito.
Para o titular da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Saullo Vianna, investir em políticas públicas voltadas para o autismo não é apenas uma obrigação, é um dever social que reflete o compromisso da gestão com uma cidade mais justa, acolhedora e acessível para todos.
“A criação da Fundação Municipal Cidade do Autismo representa um compromisso real com a inclusão e o bem-estar das famílias que vivem essa realidade em Manaus. Junto ao prefeito David Almeida, estamos trabalhando para garantir que essa iniciativa se torne um marco no cuidado com as pessoas autistas, proporcionando um espaço estruturado, com profissionais capacitados e serviços que farão a diferença na vida de milhares de famílias”, pontuou.
O presidente do Conselho Municipal de Gestão Estratégica (CMGE), Arnaldo Grijó, destacou a importância de o prédio ter Selo Verde. “A Cidade do Autismo será um prédio sustentável, com tecnologia de baixo impacto ambiental e certificação Selo Verde. Utilizaremos energia solar e um sistema de reaproveitamento da água da chuva, reduzindo o consumo de recursos naturais e promovendo a eficiência energética. Nosso objetivo é garantir um espaço inovador e responsável, alinhado às boas práticas ambientais”, disse.
A vice-presidente do CMGE, Dulce Almeida, ressaltou que o novo espaço é uma ampliação do atendimento já existente na cidade, que hoje funciona no Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy (Eamaar). “O espaço físico atual é pequeno, e precisamos avançar, especialmente no suporte às famílias. O autismo é uma condição que afeta uma a cada 35 ou 36 crianças no mundo, e esse número só tende a aumentar. Aqui, o atendimento será focado no desenvolvimento neuro-sensorial, na pediatria e na adaptação ao convívio diário”, explicou.
O projeto terá um papel essencial na inclusão social, auxiliando não apenas as crianças, mas também suas famílias. “Muitas crianças não sabem se vestir sozinhas, não sabem como utilizar um banheiro público ou como se comportar em locais como shoppings. Nosso objetivo é orientar as famílias e preparar a sociedade para compreender o autismo, que não é uma doença, mas uma condição”, concluiu Dulce Almeida.
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Texto – Emanuelle Baires / Semcom
Fotos – Dhyeizo Lemos e Clóvis Miranda / Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjC2gz4